Em 2003 uma escola pública na Zona Periférica da cidade de São Paulo, nascia um projeto teatral comunitário a partir do sonho de um professor que queria proporcionar às crianças e jovens o primeiro contato com as artes. Assim nasceu o embrião, do que hoje é a Casa Ortaética de Humanidades, no bairro do Jardim Brasil.
Em 2008 a Trupe Ortaética de Teatro Comunitário esteve sediada no centro de atendimento Biopsicossocial na Avenida Guapira e por lá permaneceu por alguns anos. De lá para cá o grupo liderado pelo professor Tiago Ortaet se instalou também no CEU Jaçanã, sindicato do centro de São Paulo e em centros comunitários de Guarulhos. Sempre desenvolvendo projetos Culturais na perspectiva de democratização do acesso às artes como desenvolvimento Humano e Social.
Os integrantes do coletivo Cultural sempre se envolvem com causas culturais da Zona Norte, como em projetos artísticos em várias agremiações carnavalescas da região, bem como em ações sociais.
Em 2019 o projeto expandiu para a configuração de uma casa de cultura na periferia, conquistando um novo espaço para ampliar sua atuação Social e Cultural, inaugurando a Casa Ortaética De Humanidades na Rua: Alto Paraguai, 40 – Jardim Brasil.
A casa de cultura é gerida por um conselho gestor, inclusive com a participação de professores e estudantes do bairro. Em linhas gerais a “Ortaética” é um projeto de indução de CIDADANIA que utiliza a educação, cultura e os direitos humanos como plataformas de empoderamento dos seus participantes.
O espaço cultural é uma necessária ação da sociedade civil no fomento às práticas artísticas e tem um papel muito importante na comunidade com projetos de capoeira, reforço escolar, teatro, música, dança e dentre outras linguagens.
Neste período de pandemia, foi criado o “Movimento Apetite” como um ciclo de ações emergenciais para socorrer famílias da comunidade que ficaram desempregadas. A iniciativa só se faz concreta com a união de muitos amigos e parceiros do projeto que solidários às dores da fome, se engajam nessa causa urgente e necessária.

O projeto conta com duas modalidades de entrega:
1. As famílias que estão em situação de extrema vulnerabilidade recebem uma senha durante a manhã e retiram as refeições no local por volta das 12h.
2. Amigos ou até desconhecidos indicam famílias sigilosamente pelo WhatsApp e a equipe de entrega leva a refeição até esse indicado em espécie de delivery surpresa.
No último mês o Subprefeito Niwton Gilberto e equipe de assessores visitaram a instituição e puderam acompanhar de perto o preparo das refeições e a inauguração do “Brechó Solidário”. No local, com a disponibilização de roupas e agasalhos gratuitamente à comunidade para enfrentarem o inverno que está por vir.
Os representantes do coletivo cultural se sentiram prestigiados pela visita do poder público. “É uma forma de reconhecimento do nosso incansável trabalho cultural e social na região”, destacou o professor Tiago Ortaet.
Uma das jovens voluntárias da casa de cultura é a confeiteira Samara Rita, 24 anos. “Eu acompanho há muitos anos esse projeto. Já fui aluna do teatro e atualmente sou voluntária das ações sociais. Temos que ajudar a comunidade, ainda mais nesse período difícil de pandemia” disse a jovem enquanto atendia no balcão de roupas.

Quem quiser conhecer mais sobre os projetos da Casa Ortaética de Humanidades, apoiar, doar e participar das ações, acessem suas redes sociais:
Instagram:@CasaOrtaéticaDeHumanidades – https://www.instagram.com/casaortaeticadehumanidades/
Facebook: Casa Ortaética De Humanidades – https://www.facebook.com/casahumanidades
Youtube: Tiago Ortaet – youtube.com/tiagoortaet